Da Redação
Agência Pará
Segunda via de documentos, consultas e exames médicos, atividades educativas para as crianças e até cortes de cabelo. Estes e outros serviços foram disponibilizados à população de Icoaraci durante a manhã deste sábado (30), em mais um Mutirão da Cidadania promovido pelo governo do Estado.
Até agora foram 15 mutirões, em Belém, Castanhal e Bragança, com uma meta estabelecida de público de três mil pessoas, mas que têm fechado numa média de cinco mil atendimentos a cada realização.
A governadora Ana Júlia Carepa, que inaugurou um residencial com 128 moradias em Icoaraci neste sábado, passou pelo Mutirão e verificou os atendimentos realizados. Ela também conversou com os moradores sobre as demandas da comunidade.
A cada mutirão, são entre 35 e 40 órgãos do governo estadual reunidos em um dia de serviços e orientação ao público, com programações agendadas de acordo com as demandas que chegam das organizações comunitárias. Segundo a coordenadora da ação, Keyla Negrão, além de facilitar o acesso a serviços públicos, o mutirão também é uma maneira de divulgar diretamente à população os projetos e políticas públicas do governo estadual, aproximando a gestão pública das pessoas. "A meta é a construção da cidadania", diz ela.
Para os órgãos públicos, o serviço avançado é também uma oportunidade de verificar quais são as reais necessidades da população e direcionar melhor seus programas e projetos. É o que diz a enfermeira Fátima Carreira, da Coordenação de DST-Aids da Secretaria de Estado de Saúde (Sespa).
"Os exames que trazemos têm relevância para a comunidade que é carente e às vezes não tem oportunidade ou coragem de fazer uma testagem de HIV, por exemplo. E também é uma ação importante para nós. Pelos resultados apresentados, a gente consegue fazer alguma pesquisa de epidemiologia, indicar ações, verificar o que é preciso intensificar com os gestores dos municípios."
Em Icoaraci, a emissão de segundas vias de carteiras de identidade e de certidões de nascimento foi o serviço mais procurado. Liliane Costa, 36, estava entre os que esperavam pelos dois documentos. "Queria tirar um identidade nova, porque a minha está muito velhinha. Aí me disseram que eu precisava apresentar certidão de nascimento. Mas eu não tenho certidão há 11 anos. Meu marido foi fazer uma limpeza em casa e jogou fora a bolsa onde ela estava guardada. Já quis tirar, mas a segunda via é cara, está em torno de R$ 100. Então agora vou ter a oportunidade",comemorou a dona-de-casa, que soube do serviço por um carro-som. "Eles estavam falando no som a semana toda aqui no bairro."
Ao ouvir sobre o mutirão, a doméstica Benedita Pinto, 49, foi garantir o exame preventivo de câncer do colo do útero. "Às vezes demora para conseguir senha no posto e a gente acaba perdendo a vontade de fazer. Mas é importante, porque por fora pode estar tudo bem, mas por dentro você não sabe. Por isso quis vir logo", disse ela, que foi mãe pela primeira vez aos 13 anos de idade e hoje tem 10 filhos. Benedita tinha feito o último exame preventivo no ano retrasado.
Aline Monteiro - Secom

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